Meu deus, de onde saiu essa garota? Sendo esse o primeiro álbum de Rose Gray, a mais nova candidata a ícone pop gay branca do Twitter, o álbum Louder Please tem feito um barulho considerável na internet. E digamos que a lista de produtores por trás das faixas pode ser um motivo para esse barulho, se você conhece e gosta de Sega Bodega, preste atenção em Party People, sexta faixa do LP.
Abrindo o disco com “Damn”, recebemos uma canção barulhenta, cheia de energia, com batidas frenéticas, ritmos dançantes, e também repleto de referências ao título do álbum e as faixas seguintes. Arrisco dizer que o timbre da sua voz me lembra um pouco Carly Rae Jepsen, se ela tivesse tomado uma bala em um clube do Caribe.
Em suas letras sobre curtir a vida, possível efeito da pós-pandemia, a artista consegue convencer o ouvinte a fazer o mesmo de uma forma sofisticada, tudo isso sem otimismos exagerados. Principalmente no refrão de “Free”, isso fica evidente.
Confesso que “Just Two”, quarta faixa do álbum, me deixou ansioso pensando como seria uma colaboração entre Gray e Nicola Roberts, há algumas similaridades gostosas entre elas e eu espero que isso possa acontecer um dia.
Indo mais pro fim do álbum, “Switch” pode ser definido como pop perfection. Simplesmente a melhor faixa do projeto, possui uma melodia pegajosa e uma letra sagaz e apurada sobre a versatilidade sexual da artista.
Como nem tudo são flores, infelizmente “First” foi uma das poucas faixas que eu não gostei e achei chatinha, receita de música pop básica que falta um sal do experimentalismo pra funcionar.
Fechando com a faixa-título, uma música instrumental parece nos ambientar gradualmente em uma espécie de despedida desse cenário futurístico, festivo e próximo ao mar de uma praia. Em geral, eu considero esse álbum uma ótima estreia na indústria musical e que é capaz de criar muitas expectativas sobre o próximo destino da cantora.
