Ano: 2025

Faixas favoritas: Messiah; Biblical; Chemotherapy; Make It; But, I loved.
O próximo álbum da Highasakite é sempre o mais pessoal, e com esse novo lançamento, isso não ia ser diferente. Incrivelmente chique e lindo do início ao fim. O registro, embora curto, transborda intensidade, tanto nas emoções quanto nas texturas sonoras e líricas, revelando a habilidade da atual dupla em misturar melodias pop imponentes a climas obscuros carregados de melancolia e introspecção.
Eu poderia escrever sobre cada uma das faixas do álbum do tão incrível que são, mas vou citar apenas uma nesta crítica porque But, I Loved é a música mais bonita de 2025. A música é uma entrega arrebatadora, com uma das performances vocais mais emocionantes da carreira, uma confissão íntima e uma homenagem de Ingrid para mãe. A canção cresce em intensidade até se tornar quase sufocante de tão carregada de sentimento.

Faixas favoritas: Don’t Click Play; How Can I Dance; Sucks To Be My Ex; Wet, Hot American Dream; Take My Call; Fight For Me; World’s Smallest Violin.
“She’s a sample, singing, Gaga imitation” e com esse verso, Ava Max tira sarro das criticas que recebe desde o começo da carreira logo na faixa de abertura de seu terceiro álbum. Mas clique sim no play, porque mesmo sem seu ex-namorado na produção, Cirkut (It must suck to be my ex / Cause after me, where do you go next?), e sua ex-amiga na co-autoria das letras, Madison Love, Ava conseguiu entregar um álbum que soa exatamente como ela, ou melhor, soa como mais do mesmo na discografia e identidade dela, ou seja, é genérico mas tem alguns preciosos pop perfection.

Faixas favoritas: Sue me; Bowling alley; Thirst Trap; Chateau; Sex and the city; Don’t go back to his ass.
Acho essa uma das melhores capas do ano. O álbum chega a ser bem divertido, mas tem momentos que não é pra mim. Achei muito bem escrito, apesar de ter essa pegada clichê pop atual da década tanto na produção quando na interpretação vocal que é previsível, ainda mais porque a Audrey é melhor amiga e colaboradora de longa data da Gracie Abrams.
Algo bem bacana, que vai além do álbum para escutar, é um site com todo o processo de criação com fotos, vídeos e textos que pode ser acessado em archive.audreyhobert.net.

Faixas favoritas: WHORE IDOL; STAR 69; GANG; BITCH.
Que volta incrível! Que álbum bom da p*rra… ou melhor, pelo título é quase, né… E é aquele ditado: Ayesha teve que se ajoelhar pro underground para que Slayyyter e Kim Petras pudessem cavalgar no mainstream.
É extremamente interessante a forma com que Ayesha consegue escrever letras tão hipersexualizadas e soar tão bem, como o caso da primeira faixa, WHORE IDOL, “On the bed, you’ve dreamed about me every night / Now I’m here and I’m begging you for hard cock / Cause I read online you’d kill to turn your idol to a whore” ou em GANG “Will you sit back there and watch? / Will you watch me get creampied by twenty of your closest friends at once?”.
Mas além de toda a safadeza, ela também sabe ser romântica, e termina o registro com versos “All the times you chose the liquor over us and where we were heading / I think that you forget / That I was willing to meet you in the middle / Well, I hope she loves you and she’s nothing like me”.























