Ano: 2025

Tiffany Stringer entrega uma obra impressionante em The Texas Primadonna, EP de estreia que mistura pop dramático com influências country e glam rock, sem deixar de soar como uma artista alternativa. Com uma estética sonora brilhante e até meio teatral, traz à mente nomes como Marina, Britney, Gwen Stefani e até mesmo Miley Cyrus numa época country, porém com uma assinatura própria cheia de atitude, mostrando que tem personalidade. Sua performance vocal provoca quem ouve com letras muito inteligentes, bem polidas e carregadas de ganchos que dizem tudo sem nenhuma enrolação.
The National Anthem (of Independence) abre o registro já estabelecendo o tom do projeto: é uma música poderosa sobre liberdade pessoal, um hino de empoderamento sem pequenos ou grandes clichês, o que é bem difícil de se encontrar para esse tempo contemporâneo. Importante destacar aqui os versos “I’m a Primadonna working on her alter ego / persona Germanotta into Lady Gaga”. A mente dela, uau…
Espirituosa, ela celebra o exagero, o brilho e a autenticidade na faixa-título, The Texas Primadonna, o desejo e a sensualidade feminina em Temptation e ainda sabe ser divertida, irônica e sarcástica em Oh My God. Em todos os momentos, ela traz, de alguma forma, sua persona diva pop à tona e que ela mostra merecer esse lugar. Ela me conquistou, sendo assim, ela merece todos os holofotes.
Essa obra de 11 minutos consegue ser maior que toda a discografia dos Beatles, digo com total tranquilidade. Já quero mais.

Faixas favoritas: Modern Romance; Sex, Drugs & Existential Dread; The Boys.
Modern Romance é um trabalho conceitualmente ambicioso ainda que pouco atinja o impacto emocional que pretendia. O álbum vibra num estilo Robyn e Christine and the Queens, mas infelizmente não soa tão original quanto às obras desses nomes. É bacana de ouvir, principalmente pelas 2 faixas que destaquei acima, fora isso, é só isso.

Faixas favoritas: Maravilhosamente Bem; Vampira; Pra Lua; Sentimento Blues; Marinou, Limou.
Essa vibe MPB não é nem um pouco meu estilo, mas para meus ouvidos, Julia Mestre entregou um álbum interessante, mesmo que em vários momentos soe monótono, mas seu som tem um jeito charmoso que não deixa chato.
Consigo ouvir muito de influências e referências à Rita Lee e Marina Lima, que inclusive faz colaboração na penúltima faixa da obra.
Inclusive, deixo uma super recomendação, que as meninas do Cerrado MPB fizeram uma incrível entrevista com a Julia, uma entrevista muito bonita visualmente e muito gostosa de ler. Fica aí minha dica.
























