Ano: 2025

Faixas favoritas: Feeling Why Do You Follow; I Could Die; Star For a Night; What’s It In Me?; I’m So High; Unmovable.
Esse álbum é uma alquimia musical por causa de suas várias camadas e que te remete a um deja-vu, algo nostálgico que você não viveu. É um dreampop com uma boa mistura shoegaze, ambiente, house, experimental, com momentos onde um violão acústico ou um piano aparecem, além de ser melodicamente psicodélico, tudo isso somado ao vocal angelical de Lipsticism. Toque esse álbum numa noite de quente e faça da sua sala uma pista de dança intimista.

Faixas favoritas: Myth; Eternal Embrace; Three Hail Marys; Secret; Sistine; Psychotrance.
Me surpreendeu! Eu esperava uma coisa bem genérica e apesar de liricamente ter alguns clichês, porque as letras são carregadas de imagens religiosas e existencialistas, e tudo bem nesse sentido, porque o ponto principal é o álbum criar uma atmosfera de rave que poderia acontecer numa igreja abandonada dos anos 1800 que vemos nos filmes ou no cemitério mais antigo da cidade.
Não é nada radiofônico, mas pode agradar bastante os antigos adolescentes peculiares que passavam horas no Tumblr repostando coisas góticas e obscuras, e que tinham Crystal Castles e similares como parte favorita de sua trilha sonora.

Faixas favoritas: 300 dreams; Ever; Obvious.
Trip hop perfection! Fãs de Frou Frou vão amar. Parece algo saído diretamente dos anos 2000 e mesmo assim soa totalmente fresco. Completamente imersivo, dá vontade de não tirar do repeat para ouvir de novo e de novo. E de novo!

Faixas favoritas: Dreaming; Home; Song For Meadow; Mind Thunder; Down.
The Ting Tings está de volta! Um álbum de rock que soa soft, pop e folk ao mesmo tempo, o mais orgânico da carreira, hora ou outra equilibrando com um bongô e até alguns poucos elementos eletrônicos, surpreendentemente maduro e inventivo, as camadas de simplicidade e minimalismo de cada faixa tornam o registro em algo lindo e acolhedor de ouvir, tanto para os antigos fãs quanto os novos já que Good People Do Bad Things virou trend no TikTok.
O impressionante é que, mesmo sendo totalmente diferente do resto da discografia da dupla, os dois revisitam suas raízes, elas aparecem por vários momentos. A voz da Katie continua super expressiva, a produção do Jules continua impecável, e as composições dos dois continuam grandiosas e cheias de significado e vida.

Faixas favoritas: Cursi De +; Aries; Mírame Feliz; LA MALA; Silvana; Cactus.
Beli-bélica. Muito bom que a Belinda voltou a lançar música depois de uma década. Voltou mais madura e entregou um belo visual para o álbum… O que falar dessa capa incrivelmente perfeita?
Bem, como o que importa é o som, minha opinião é que tem muito reggaeton clichê, que existe aos montes tocando na internet e nas rádios, talvez ela quisesse só estar novamente nas paradas e ver suas músicas em qualquer Top 50 dos streamings, mas quando ela coloca instrumentos influenciada pela música mexicana do passado, a coisa muda completamente, ela consegue entregar músicas incríveis.
É inegável que ela teve boas intenções, mas não foram bem executadas. Talvez tenha faltado uma direção criativa mais coesa (ou afiada) para dar originalidade ao projeto e não ficar só em um conceito do que poderia ter sido.

Faixas favoritas: Prodigal Daughter; Shotgun Wedding Baby; Helluva Heart; High On A Heartbreak; Wholesome.
É um álbum bem mais do mesmo na discografia da Hailey Whitters. Nada soa como algo novo ou criativo. É ok para ouvir despretensiosamente se você precisa de algum barulho para fazer companhia, e só. Nada memorável, a não ser pela capa.

Faixas favoritas: Revelation; Love Me Alive; The Hero; Dreams; Thorn.
Que combinação perfeita The Knocks com a Dragonette. E a melhor forma de elogio que eu poderia fazer para esse álbum é dizer como soa tão Carly Rae Jepsen.
Concluindo, em poucas palavras, porque não é necessário mais do que isso: PURO SUCO DE SYNTHPOP!

Faixas favoritas: Diet Pepsi; Money is Everything; Summer Forever; In The Rain; Headphones On.
O tão aguardado álbum de estreia da Addison finalmente foi lançado. Um álbum pop baseado principalmente numa ambientação nostalgica do trip hop dos anos 90-2000, e ao mesmo tempo é bem fresco e contemporâneo. Letras simples com muitos ganchos extremamente grudentos.
O que me desapontou de forma geral é a falta de intensidade vocal e a uniformidade no estilo de produção que acabam deixando o álbum meio sem sal. Não é ruim, mas existia tanto potencial para algo mais memorável e que não pareça que estamos só em êxtase coletivamente porque a Addison é mundialmente amada e aclamada por seu carisma e sua musicalidade.

Faixas favoritas: CUNTISSIMO; CUPID’S GIRL; METALLIC STALLION; JE NE SAIS QUOI; DIGITAL FANTASY; I <3 YOU; ADULT GIRL.
Com composições que abraçam o maximalismo melódico e emocional (Maybe I’m not built for this kind of connection / Maybe I was born to live my life alone), poder e renascimento (Looking like a super heroine / I taught myself how to love again), Marina celebra a si mesma (Baby, I’ve been down, I’ve been down so low / But the more I love myself, the higher up I wanna go), de maneira introspectiva e leve, convicta da própria confiança e sexualidade (I’m so into you, you’re hotter than God), enfrentando seus medos e seu passado com resiliência (Spent my twenties on the run dreaming of suicide and love), incorporando o amor como superpoder, metamorfoseando vulnerabilidade em coragem (Like a samurai, don’t care if I live or die / Cause fuck it baby, I can be your fall guy).
Em vários momentos, Marina evoca referências – principalmente femininas – da cultura pop contemporânea (e às vezes nem tanto), e não deixa escapar suas singularidades dialogando com suas eras passadas. Ouvimos isso em CUPID’S GIRL, EVERYBODY KNOWS I’M SAD, I <3 U e destaco principalmente ADULT GIRL que, para mim, é uma ode à finada Electra Heart e seus arquétipos agora no ponto de vista de uma mulher no final dos seus trinta anos que acumula muitas experiências transformadoras na vida.
Glamuroso, ousado e revigorante, PRINCESS OF POWER é uma obra-prima em que Marina se permitiu sentir e convida os fãs a se contagiarem com o desejo de liberdade e prazer até encontrar o doce grito de vitória.

Faixas favoritas: Prototype; Any Excuse To Party; Screensaver; Under Your Clothes; 5G (Extended Mix); Go Harder; Flash (Extended Mix); Forgive and Forget; Scandalous; Animal; I Wanna Be Your Girl; Last Call.
Depois de 15 anos do seu álbum de estreia, Heidi Montag entrega seu novo álbum, a versão completa de Heidiwood com 23 faixas (12 lançadas previamente no começo do ano). Extremamente dançante, ela é a predecessora natural da Slayyyter, ou é só coisa da minha cabeça?
E eu, como fã da Sizzy Rocket, gostaria de deixar anotado aqui que adorei as 4 faixas escritas pela artista multitalentosa.

Faixas favoritas: Amor Sincero; Corpo Nu; Estrela; Açúcar e Sal; Mil e Uma Noites.
Finalmente o álbum de estreia da Candy Mel. Um álbum que é uma celebração vibrante de autenticidade, ousadia e representatividade. Mistura pop, funk e elementos eletrônicos com muita brasilidade, com muitas faixas marcantes, cheias de atitude e personalidade.

Faixas favoritas: World’s Worst Girlfriend; America; Online; I Wanna Be Love By You; Ringpull.
O álbum soa como uma trilha sonora para uma caminhada de solidão e melancolia. Não é a toa que começou a ser concebido durante a pandemia do COVID-19.
O registro evoca uma atmosfera totalmente diferente dos aclamados Nothing’s Real (2016) e o forevher (2019), trabalhados totalmente cravejados no synthpop, I Got Too Sad For My Friends tem enormes raizes fincadas no folk sem deixar de explorar as emoções mais profundas e vulneráveis com a mais pura autenticidade, reflexo genuíno de suas dores, incertezas e batalhas pessoais de uma artista que teve que se afastar dos palcos durante a própria turnê.
Particularmente, não era o som que eu esperava ouvir da Shura, o que me deixou completamente surpreso porque fiz uma escolha de não ouvir nenhum dos singles durante os meses antes do lançamento completo do álbum.

Faixas favoritas: Something Beautiful; End of the World; Easy Lover; Pretend You’re God; Every Girl You’ve Ever Loved; Reborn.
Um álbum conceitual ambicioso e muito bem estruturado. Beira o épico! Extremamente melódico! Introspectivo! Denso! Surreal! Nostálgico! Futurístico! Como pode isso?
Uma obra que Miley leva sua expressão artística a um novo patamar, uma camaleoa no melhor dos sentidos, explorando e impulsionando ao máximo todo o seu talento com uma linda mistura de pop rock (com um pezinho no rock opera) e art pop flertando com o disco, jazz e o psicodélico. Um registro extremamente rico e sem barreiras em termos de gênero musical.

Faixas favoritas: I would say; Angelicaldiabolical; Breve; Canela.
Considerando que Para que salga el Sol é um álbum centrado na busca pela felicidade e pelo amor-próprio, Raquel insere nos dois interlúdios fragmentos de sua infância — aos 4 e aos 8 anos de idade — como forma de expressar sua verdade mais pura, mostrando que sua voz e visão artística do passado formou a artista que ela é agora e muitas vezes é ignorada ou subestimada. Essa escolha carrega um forte valor simbólico, especialmente para quem deseja desde sempre construir um legado autêntico na cena musical.
Ah, e I would say é a Sympathy is a knife dela, né?













