Faixas favoritas: Life as we don’t know it; Ugly mystery; Collect; Jerk into joy.
Nunca escutei toda a discografia de TORRES com muita atenção, apesar de sempre ter gostado bastante de tudo que já ouvi, e com o What An Enormous Room, o sexto álbum da talentosa cantora e compositora, tive que me dedicar porque ele realmente exige muita atenção. Não é um álbum fácil de se ouvir e aconteceu algo que eu não esperava, de modo geral eu me decepcionei.
Apesar da produção do álbum ser bem sólida e confiante, afinal ela escreveu, gravou e produziu, e mesmo que ela também afirme com confiança a ambição de ser rock-star, ela não alcança esse feito tão grandiosamente. E olha que espaço não faltou, afinal ela tinha um enorme. Há muitos momentos de silêncio para uma rock-star.
A voz profunda da Torres se destaca em todas as faixas, ela tem essa autoridade que não pode ser negada, fora a grande intenção criativa que ela demonstra do início ao fim, mas nas oscilações das intensidades entre a agitação e suavidade, em momentos cruciais de várias faixas, ela acaba tornando a experiência do álbum em algo insatisfatório, porque o clímax se perde no ar, fica faltando, até porque não dá para se entender claramente algumas emoções expostas.
Não é que é um álbum ruim, é um álbum que decepciona porque tinha tudo para ser grandioso e se torna imemorável, com exceção de Ugly mystery e Collect.