
Tiffany Stringer entrega uma obra impressionante em The Texas Primadonna, EP de estreia que mistura pop dramático com influências country e glam rock, sem deixar de soar como uma artista alternativa. Com uma estética sonora brilhante e até meio teatral, traz à mente nomes como Marina, Britney, Gwen Stefani e até mesmo Miley Cyrus numa época country, porém com uma assinatura própria cheia de atitude, mostrando que tem personalidade. Sua performance vocal provoca quem ouve com letras muito inteligentes, bem polidas e carregadas de ganchos que dizem tudo sem nenhuma enrolação.
The National Anthem (of Independence) abre o registro já estabelecendo o tom do projeto: é uma música poderosa sobre liberdade pessoal, um hino de empoderamento sem pequenos ou grandes clichês, o que é bem difícil de se encontrar para esse tempo contemporâneo. Importante destacar aqui os versos “I’m a Primadonna working on her alter ego / persona Germanotta into Lady Gaga”. A mente dela, uau…
Espirituosa, ela celebra o exagero, o brilho e a autenticidade na faixa-título, The Texas Primadonna, o desejo e a sensualidade feminina em Temptation e ainda sabe ser divertida, irônica e sarcástica em Oh My God. Em todos os momentos, ela traz, de alguma forma, sua persona diva pop à tona e que ela mostra merecer esse lugar. Ela me conquistou, sendo assim, ela merece todos os holofotes.
Essa obra de 11 minutos consegue ser maior que toda a discografia dos Beatles, digo com total tranquilidade. Já quero mais.