Faixas favoritas: Cuatro Bodas; Sexo Eletrónico; Enero; Bizarre Fatalité.
LUNA KI desafia o termo pejorativo “geração de cristal”, que gerações anteriores usam para descrever as fraquezas e comportamentos que eles não concordam que notam nas gerações mais jovens, e para isso, ela compara e contextualiza a força, a dureza, o valor e a transparência do cristal para se empoderar nas próprias fragilidades, dessa forma, criando um diálogo íntimo e universal com o ouvinte.
Generación de Cristal é todo trabalhado no futurismo emocional, e ao mesmo tempo que é futurista, é também profundamente humano. Às vezes tão humano que chega a falhar, algumas letras perdem o brilho do sentido pelo uso de tanta abstratividade, e não me refiro na desconstrução das estruturas, mas no lirismo mesmo.
Comparando com trabalhos anteriores, Generación de Cristal exemplifica uma evolução na sonoridade de LUNA KI, porque enquanto seu ótimo trabalho anterior, CL34N, era caracterizado pelo uso exageradamente carregado com uma estética mais artificial tanto na voz quanto nos instrumentos, nesse, ouvimos e percebemos ela mais humana, em uma outra abordagem de sua visão e direção artística.