Faixas favoritas: YIPPEE-KI-YAY; DELUSIONAL; RED FLAG; LOVE FOREVER; BOY CRAZY; CATHEDRAL.

A brat original está de volta! Uma das artistas mais singulares da música pop, uma mulher marcante, eletrizante e com uma capacidade rara de transitar entre o deboche irreverente e a vulnerabilidade mais crua, Kesha construiu uma carreira que desafia todos os rótulos e expectativas. E uma curiosidade: sem ela, o Gabcritic não existiria, porque foi com ela que quem vos escreve começou a criar uma identidade musical e se interessar por música pop.

Desde sua estreia com os hits explosivos do Animal (2010), até trabalhos mais introspectivos e poderosos dos álbuns Rainbow (2017) e Gag Order (2023), Kesha esbanja seu poder como compositora e força criativa por trás de sua arte. Sempre com autenticidade e coragem. Quantas vezes ela teve que ousar e se reinventar deixando todas as tragédias da vida pra trás? (Várias!) E por isso merece mais do que só ser celebrada com o . (PERIOD), seu primeiro álbum independente e primeiro álbum em que ela é dona da sua própria voz.

Ela voltou para liberar o pop da recessão, o pop festeiro e poderoso está de volta e pronto para as pistas de dança, porque ela quer fazer a galera dançar, e isso ficou muito claro desde o single que deu o pontapé à era, JOYRIDE. Também ficou claro com a divertidíssima BOY CRAZY.

E falando nisso, o álbum é, acima de tudo, uma montanha-russa emocional que alterna entre muitos momentos de celebração e instantes de pura vulnerabilidade, principalmente na faixa poderosa CATHEDRAL que encerra o álbum.

Muitos podem achar que Kesha não tem demanda, mas o primeiro show da turnê TITS OUT esgotou a capacidade de público em 25 mil pessoas, além de na última semana de junho ter sido a primeira a alcançar o topo do iTunes US sendo uma artista feminina solo com THE ONE.