
Faixas favoritas: Relationships; Take me back; Love you right; The farm; Million years; Everybody’s trying to figure me out; Blood on the street; Now it’s time.
Cinco anos depois desde o aclamado Women In Music, Pt. III (2020), as irmãs HAIM continuam elegantes e nostálgicas, mas o I quit soa como um trabalho mais cru, muito mais direto, mas mesmo assim muito emocionalmente revelador. Apesar da sugestão de abandono ou desistência no título, que vem de uma piada de um filme favorito da infância das irmãs (Tudo por Um Sonho, 1996), o álbum revela justamente o contrário: em cada música elas desistem de algo que não serve mais, para reafirmar a presença delas – principalmente no cenário musical.
Durante o registro, a ambientação sonora tem um quê de música que estaria tocando nas rádios, algo tipo de volta aos anos 90, e se fosse naquela época, eu com certeza estaria sintonizado durante a hora do rush, com o por do sol tomando o céu, direto para um happy hour. Há vários momentos que sinto uma grande inspiração nos sons que vão para além de Fleetwood Mac, Fiona Apple e Phoebe Bridgers, há um frescor muito urbano e muito contemporâneo.
E o que falar dos visuais dos singles que são simplesmente memoráveis? As irmãs recriaram nas capas momentos celebridades foram clicadas por paparazzi. Simplesmente genial e divertido.
I quit é um bom exemplo de que as HAIM sabem muito bem fazer música boa com coesão, produção que faz sentido e letras que fazem conectar com o público, mas nem de longe esse é o melhor trabalho das delas, sendo só um álbum quase muito bom. Foco na palavra quase.